SISTEMA DE INTELIGÊNCIA E COORDENAÇÃO
Chefe
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Excelência
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Sem que fosse necessário haver enorme esforço por parte desta equipa no sentido de se perceber o relacionamento entre as autoridades políticas e policiais locais, foi possível averiguar a crescente tensão existente entre estas duas instituições da realidade reguense, conforme passo a descrever:
No segundo dia do quinto mês do ano que corre, a Guarda Reguense recusou-se manter guarda ao Torneio de Bola em Salão em que se esgrimiram o Grupo da Águia Olisiponense e o Grupo da Academia Vila Realense, ocorrido na Arena Coberta de Godim, ficando a tarefa de manter guarda ao referido torneio a cargo de outra Guarda, que não a Reguense.
Segundo se conseguiu apurar, tal recusa em manter guarda por parte da Guarda Reguense ao evento supra exposto deveu-se à falta de pagamento àquela por parte das autoridades políticas reguenses do valor em moeda europeia devido por serviços prestados durante as Festas em Honra da Padroeira que decorreram no oitavo mês do ano que passou.
Mais uma vez, a Autarquia Municipal, que solicitou os serviços da Guarda, não pagou em moeda europeia a guarda deste último torneio, conforme devido por tal solicitação.
Mais se apurou que o balanço das Festas em Honra da Padroeira feito e tornado público de uma forma pouco ortodoxa para os dias de hoje, contempla um valor em moeda europeia aquém do real para com os gastos tidos com o pagamento dos serviços prestados pela Guarda Reguense, sendo o real valor quase o dobro do anunciado pelos Mordomos das Festas.
O Autarca Local Reguense, o que guarda a Padroeira, tomou, inclusivamente, iniciativa de bater em portas dando a sua palavra de que o montante em moeda europeia devido iria ser pago, só que não de forma tão célere por falta de provisão monetária por parte do Conselho de Mordomos / Autarquia Municipal Reguense.
Historicamente, já não é a primeira vez que tal acontece, visto nos tempos idos do antecessor da mesma cor do actual Autarca Municipal Reguense, aquando do Torneio de Barcos com Bolsa de Ar, realizado a montante do dique de Bagaúste, isto há mais de dez anos atrás, aquele ter ficado a dever um enorme valor em moeda lusa por serviços prestados pela Guarda Reguense. E que nunca foi pago.
O relacionamento entre as duas instituições irá ficar mais tenso depois de o Comandante Supremo da Guarda Nacional, da qual a Guarda Reguense depende hierarquicamente, ter ordenado que se não desse muita atenção aos contadores em moeda europeia que medem o tempo de parqueamento dos veículos movidos a motor, amplamente espalhados pela urbe reguense, e, por achar ser mais um serviço de fiscalização que deve ser pago pela Autarquia Municipal, em moeda europeia, à Guarda caso esta seja chamada a fiscalizar tais contadores em moeda europeia que medem o tempo de parqueamento dos veículos movidos a motor.
Sem mais, remeto o assunto à consideração de Sua Excelência, meu Chefe.
Peso da Régua, 05 de Maio de 2008
Ass.: Agente XYZ/SIC
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